17/10/2019

A notícia, recebida por memorando eletrônico, pegou de surpresa todos os docentes responsáveis pelo ciclo de alfabetização, espaço dedicado a formação dos educandos nos 1º e 2º anos das escolas municipais. Os Professores que desejarem, continuar , lecionando para esta área educacional em 2020, deverão agendar por memorando um entrevista que será realizada somente no mês novembro.

A servidora do quadro Vivian Rolim usou as redes sociais para manifestar sua indignação para com a decisão arbitraria do Prefeito Leonardo Pascoal, que acumula o cargo de gestor da pasta da educação “Eu sou concursada e habilitada para atuar nos Anos Iniciais, baseado em que, preciso passar por uma entrevista? O que preciso provar? Que tenho conhecimento, experiência, na área da alfabetização? Eu preciso indicar três escolas para atuar... mas quem disse que eu desejo trocar de escola? Eu corro o risco de não ser selecionada para a minha escola, na qual atuo há 20 anos e ser removida para outra?” Destacou a educadora que serve ao município a décadas.

Até o presente momento as escolhas eram feitas pelas equipes diretivas que usavam critérios educacionais e humanitários para garantir aos estudantes uma base de alfabetização de qualidade. Compromisso, dedicação, responsabilidade, criatividade, amorosidade, qualificação, horas, sim, muitas horas de planejamento entre tantas outras atribuições eram um dos muitos itens levados em consideração para a permanência do professor na nobre função de alfabetizar.

A atitude de Leonardo Pascoal em ignorar, na sua frágil base governamental, os diversos quadros com qualificação para atuar na gestão da Secretaria de Educação vem tirando cada vez mais a autonomia das escolas em definir seu panorama educacional, vem desmontando dia após dia a educação de qualidade que se conquistou com árduo trabalho nos últimos vinte anos, fez com que os funcionários da rede municipal de ensino, iniciassem esta semana uma conversa nas principais reuniões para que houvesse uma seleção pública para ocupar o cargo de SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.

Para a Presidenta do SISME a atitude é arbitraria e vem contra tudo que estamos construindo ao longo dos tempos “ O trabalho que vem sendo construído junto com o Conselho de Educação, com os Professores e com a comunidade, está sendo ignorado e vai interferir diretamente no relacionamento com as bases, pois no momento em que o edital aberto diz que o servidor é obrigado a colocar três escolas em que gostaria de atuar, lhe tira o direito de permanecer no local que vem atuando a mais de vinte anos, como é caso da nossa colega Vivian Rolim, que e uma das muitas que serão atingidas pela decisão.Pedimos respeito ao Prefeito, respeito com o servidor, respeito com as bases, respeito com Esteio, para juntos seguirmos em frente.” Destacou a líder sindical, que enfatiza ainda o processo de contratação do atuais profissionais “ Todos os professores ao ingressar no serviço público passam por concurso, após o concurso são submetidos a prova de títulos e teste psicotécnico, somente após esse processo é habilitado a dar aulas para turmas 1º ao 5º ano, não justificando de forma alguma esse processo de seleção."