23/01/2020

Nos últimos dias a Missão Finlândia, capitaneada pelo Prefeito Leonardo Pascoal, tem sido pauta recorrente nos lares, restaurantes, bares e rodas de amigos da cidade. A polêmica toda gira entorno do gasto de aproximadamente R$ 400,000.00 (quatrocentos mil reais) com passagens e diárias para todos os 17 membros do grupo que está conhecendo uma nova experiência em gestão da educação.

A professora Tatiana Parente, em uma rede social comentou sobre essa missão. Na sua reflexão que é extremamente lúcida, realista e respeitosa, Parente destaca se existe necessidade de todos estarem em missão “Todos os colegas da secretaria e mais o prefeito precisaria estar na viagem? Acho que não. Fica feio aquele monte de gente do governo brincando na neve, acho que deveria ter mais professores e equipe pedagógica das escolas, dois ou três componentes da equipe pedagógica da secretaria e que seriam os multiplicadores depois” Destacou a Professora.

Para Graziela Oliveira, Presidenta do SISME, a Professora Tatiana foi certeira em suas palavras “ A Tati foi muito feliz em suas palavras, nós do Sindicado ficamos felizes em saber que um grupo de professores da nossa rede está tendo esta grande oportunidade de conhecer e desbravar outras realidades educacionais. O que questionamos é a real necessidade do grande número de pessoas da Secretaria de educação estarem nesta comitiva” enfatizou a líder sindical.

O município, atualmente, carece de grandes investimentos, por exemplo, no hospital que seguidamente é denunciado pela falta de estrutura mínima para se manter aberto. Na educação quando é servido uma alimentação precária para os educandos, sendo que em outros momentos a cidade foi referência nacional no quesito merenda escolar. Nas obras, com maquinário sucateado e falta de materiais de segurança.

Graziela Oliveira, Líder Sindical, aponta que todo este valor gasto poderia ser investido em melhorias na cidade “Defendemos que o valor de quatrocentos mil gastos na Missão Finlândia poderia ser investido em melhorias que atingiriam diretamente a comunidade. A gestão poderia ter convidado três ou quatro finlandeses para vir apresentar a realidade educacional em um grande colóquio educacional com vários dias, para vários públicos, e garanto, a missão reversa traria mais benefícios para nossa cidade” enfatizou Graziela.

O Prefeito, os colegas professores e os cargos de confiança da secretaria de educação permanecem em missão educacional até o próximo dia trinta de janeiro, quando devem retornar ao Brasil. Esperamos que tenhamos bons frutos com a missão na Finlândia, principalmente quando se trata da valorização do professor.

Estamos no aguardo da divulgação das datas e horários das atividades de devolução de todo este conhecimento para as comunidades escolares.

Texto: Rodrigo Jankoski, MTB 19635/RS, Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Servidores Municipais de Esteio. Foto: Divulgação