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Comitiva sindical vai à Câmara de Vereadores debater os rumos da educação em Esteio

24/10/2019

Na tarde da terça-feira(22), a comitiva sindical liderada pela Presidenta do SISME, Graziela Oliveira, participou da reunião da Comissão de Educação, Cultura, Menor e Desporto, presidida pelo vereador Sandro Severo (PSB), que tratou da municipalização das Escolas Estaduais e fez encaminhamentos importantes sobre a retirada dos EJA’s das estruturas de ensino do Município.

Retirada dos EJA’s das estruturas Municipais preocupa comunidade

A representante do SISME levou, para a reunião da comissão, diversas pautas para serem debatidas, entre elas a retirada dos EJA’s. “Sou moradora de Esteio, Professora concursada e hoje, nesta mesa represento 3.000 servidores que estão sendo desrespeitados diariamente. O que vejo hoje, nesta casa legislativa, e que vocês me dão o direito de falar, me ouvem, mas não me escutam. Vocês tem o dever de fiscalizar o executivo, e estão virando garotos de recados do Prefeito Leonardo Pascoal” desabafou a Presidenta, que seguiu “Beira o absurdo, a comunidade estar indo ao SISME pedir ajuda por não se sentirem representada por vocês. Trago aqui nesta comissão o Junior, estudante do EJA da EMEB Oswaldo Aranha, que me procurou preocupado com o anúncio da retirada do programa da instituição de ensino, já para o próximo ano letivo” afirmou Graziela

A retirada do EJA das escolas Maria Ligia, Oswaldo Aranha e Santo Inácio dentro do processo de centralização idealizado pelo Prefeito, que acumula a função de Secretário de Educação é uma afronta as políticas públicas de educação.

No município a tarifa do transporte público é R$3,80. Um estudante, que hoje, busca o conhecimento nas aulas noturnas perto da sua casa, na sua comunidade de origem, sem custo algum. Passará a ter que desembolsar em 2020, R$7,20(por dia), R$38,00(semanais) e ao final do mês em seu orçamento constará um gasto de R$152,00. Caso não haja um programa de transporte gratuito, seguro, inclusivo e de fácil acesso a todos os estudantes o número de evadidos das estruturas de ensino triplicará.

Junior da EMEB Oswaldo Aranha, que acompanhou a comitiva sindical, segundo relato já havia procurado o Gabinete do Presidente do Legislativo, Euclides Castro(PP) e não obteve uma resposta satisfatória, por isso procurou a Líder Sindical pedindo ajuda “Hoje estou desempregado, tenho um filho de sete anos, perdi minha mãe a poucos dias, estou tentando ser forte e lutar pelo meu direito de estudar, para dar uma vida digna pra minha família, estes valores de transporte não estão no meu orçamento. O prefeito vai alugar um espaço no centro, para termos aulas? Temos o espaço lá na escola? Vamos fazer tudo lá!”. Estamos nos mobilizando e na terça-feira(29) estaremos aqui para cobrar uma posição. Queremos estudar”afirmou o estudante.

A presidente do SISME, denunciou, ainda, que o conselho Municipal da Alimentação Escolar, não se reúne e as escolas, que já foram referência brasileira em alimentação estão com a qualidade da merenda em declínio. Respeitando todas as pautas a representante do funcionalismo apresenta por escrito todas as demandas e denúncias à comissão na tarde de hoje.


Municipalização sem debate gera conflito na cidade

A municipalização das Escolas de Estaduais Ezequiel Nunes Filho e Tomé de Souza é resultado de um acordo obscuro, autoritário e antidemocrático realizado entre o Governador Eduardo Leite(PSDB), o Esteiense Vice Governador Ranolfo Vieira Junior(PTB) e o Prefeito Leonardo Pascoal(PP), onde os gestores Estaduais, irresponsavelmente abrem mão das estruturas de ensino do estado, sem levar em consideração a questão pedagógica, e unilateralmente sem conversar com as comunidades escolares envolvidas decidiram pela Municipalização dos espaços.

Presentes na reunião os representantes do 20º Núcleo do CEPERS, destacaram, as falhas no processo de municipalização patrocinadas pelo PSDB,PTB e PP “ Existem falhas graves em todo este processo, e nós do CEPERS não deixaremos estas diretoras e comunidades desamparadas” afirmou Cleusa Werner. Já Guilherme Dahmer, evidenciou a falta de diálogo que são marcas registradas dos governos envolvidos na pauta “ Como representante do CEPERS, afirmo que a comunidade precisa ser ouvida e suas peculiaridades que estão sendo ignoradas, como e o caso da EEEF Ezequiel Nunes Filho, devem sim ser levadas em consideração” destacou o líder sindical.

Para Graziela Oliveira, presidente do SISME, todo este processo é muito sério, e Leonardo Pascoal, Prefeito e Secretário de Educação deve vir a esta casa, pessoalmente, prestar esclarecimentos sobre estes e outras pautas que trago nesta tarde “ Preocupante a forma como estes acordos estão sendo realizados, todo o tempo, sem levar em consideração a realidade da comunidade, os processos pedagógicos, e os traumas educacionais que isso podem causar, esta comissão tem o dever de convocar Leonardo Pascoal pra dar explicações” Enfatizou a Presidenta, que continuou os questionamentos “ Vereadores, vocês já questionaram se a realidade financeira de Esteio hoje é compatível para o recebimento destes espaços? Temos quadros para compor as estruturas? Ontem abriu um concurso, que pelo visto não contempla este processo de municipalização “questionou a representante do SISME.

Emocionada Maria Cristina da Rosa, servidora com 27 anos de carreira, que hoje ocupa a direção da EEEF Tomé de Souza destacou a falta de respeito com que todos os envolvidos foram tratados “ Minha equipe e eu fomos eleitas, para representar aquela comunidade, e nenhum momento fui chamada para conversar, pensar, e até tentar convencer a não efetuarem tal absurdo. Esta decisão vai afetar diretamente toda a comunidade que apenas foi comunicada do fato” Destacou a Diretora da Escola, que nervosa e emocionada deixou a reunião após ver que o fato estava consumado, como se fosse “ um grande acordo, com tudo e com todos”.

Estiveram presentes na reunião os Vereadores Euclides Castro(PP), Fernanda Fernandes(PP), Sandro Severo(PSB), Ari da Center(PSB), Rute Viegas (PMDB) e Leo Dahmer(PT).