logotipo

 Saldo do sócio

 PROSINDWEB

 

Convênios

CONVÊNIOWEB

 

Nota em resposta à declaração do Prefeito de Esteio sobre o SISME em relação ao reajuste da categoria, publicado ontem no Jornal VS

27/03/2020

A prefeitura de Esteio, em meio a crise da pandemia do Covid-19, aprovou com apoio da Câmara de Vereadores o reajuste de 4% ao funcionalismo público e 3,98% para o prefeito, vice-prefeito e secretariado.

Desde janeiro, e novamente em 6 de março, o Sindicato dos Municipários (SISME)
tentou agendar para a primeira quinzena deste mês uma mesa de negociação com o Executivo, mas foi sistematicamente ignorado pelo governo de Leonardo Pascoal (PP). Mesmo com o Decreto Nº 6.538 de 18 de março de 2020, que suspendeu as atividades de atendimento presencial dos equipamentos e unidades da Administração Direta e Indireta, o SISME não se opôs a seguir dialogando, já que dispõe de meios digitais para realizar reuniões não presenciais.

O SISME representa os servidores e, em Assembleia, a categoria,
democraticamente, após exaustivo estudo e deliberação, fixou desejo de 12% de reajuste. A proposta leva em consideração a média dos índices IPCA, INPC e IGP-M do período de 12 meses de 4,92% mais ganho real. Vale ressaltar que tal proposta se deu em conjuntura distinta à atual e a categoria estava disposta a negociar.

Mas qual o impacto real dos 3,98% e 4% de reajuste?

No salário dos trabalhadores,
é pouquíssimo: um professor de matemática, que ganha R$1.800,00 terá R$72,00 a mais; um auxiliar de enfermagem, com o salário de R$ 1.752,92 e que está na linha de frente dessa crise pandêmica, terá R$ 70,12; e um servente de obras, que ganha R$ 1.700,00, passará a ganhar R$ 1.768,00. Além disso, o vale-refeição desses mesmos servidores terá média de aumento de R$ 0,68. Já no salário de R$ 18.784,64 do prefeito, a mudança representará um ganho efetivo de R$ 743,87, totalizando R$ 19.528,51. O rendimento de R$ 9.245,00 dos vereadores, que
aprovaram o reajuste do executivo por unanimidade, não sofreu reajuste em 2020.

O salário dos representantes políticos tem a noção de justiça e sensibilidade justificada por Pascoal em depoimento para o Jornal VS?

Em meio à crise, a demagogia mentirosa e de má fé do senhor Leonardo Pascoal revolta os servidores e a sociedade de Esteio. Enquanto medidas de diminuição salarial dos gestores públicos estão sendo propostas e endossadas pelas comunidades, Esteio vai na contra-mão. Ao invés de cumprir seu dever de dialogar com o funcionalismo público, covardemente, na calada da noite, o executivo legisla em benefício próprio, desconsiderando as necessidades da vida real dos trabalhadores e o tempo hábil à negociação previsto em lei, que é até 7 de abril em ano eleitoral.

Votar o reajuste sem consultar a categoria é um insulto à democracia.

Lamentamos que, em tempos como este, ao invés de valorizar os seus, a prefeitura queira, com migalhas, fazer campanha eleitoral antecipada na cidade atacando o sindicato que representa cerca de 3 mil servidores.