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FALTA DE FORNECEDORES DE MATERIAIS COMPROMETE SISTEMA DE SAÚDE EM ESTEIO

21/03/2020

A pandemia do Covid-19 é séria. No Brasil, nesta sexta-feira (20), já são 904 os casos confirmados (um aumento de 45% no número de pessoas diagnosticadas com o vírus entre quinta e sexta), de acordo com o Ministério da Saúde. Já são 11 mortos. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou hoje que chegou a 56 o número de casos confirmados de Covid-19, mas até o momento nenhum óbito. As recomendações de isolamento se fazem necessárias a cada dia mais.

Na linha de frente do enfrentamento à doença estão os profissionais da saúde: enfermeiros, atendentes, médicos e demais profissionais que fazem o sistema de saúde público funcionar de fato. O risco de contaminação é grande. Ainda mais com a atual situação dos suprimentos básicos para o manejo dos pacientes com e sem suspeita, uma vez que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há casos de pessoas assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas mas são hospedeiras.

Em Esteio, os bravos profissionais da saúde estão apreensivos. Impossibilitados de usarem máscaras para atendimento ao público, o contingenciamento de materiais eleva o risco à saúde dos que estão à postos cuidando da nossa saúde. Ainda não chegamos no ápice da curva de contaminação que, segundo os cientistas, pode ser nos próximos quinze dias, mas a falta e racionamento de materiais básicos já são sentidas nas trincheiras da saúde brasileira.

Indagado pela presidenta do Sindicato dos Municipários de Esteio (SISME) Graziela Oliveira sobre a não distribuição de máscaras aos profissionais da saúde, o diretor do Hospital São Camilo, Adriano Coutinho, disse que a possibilidade de falta de materiais existe e que há um problema de fornecimento, por isso do racionamento dos materiais. Recursos há, mas não há material no mercado para atender a atual demanda. Atualmente, as máscaras só estão sendo liberados aos pacientes que chegam com sintomas de gripe/tosse/resfriado como medida de prevenção. Sabemos que a indústria se encontra sobrecarregada na demanda de materiais de saúde, porém, é dever do poder público se adiantar diante de tal situação de calamidade. O nível de proliferação é preocupante e os gestores executivos devem estar a um passo à frente na prevenção. De que forma o Estado brasileiro garantirá os recursos necessários? Em Esteio, não se tem previsão da aquisição de mais materiais.

Qual a esperança de uma segurança mínima para os heróis da saúde se protegerem diante do quadro que surge no horizonte? É incerta.

A saúde está em luto! O SUS pede socorro e seu fortalecimento é mais do que nunca necessário! O fornecimento de materiais de higienização e proteção básica precisam ser garantidos ao sistema de saúde! A saúde dos profissionais e da comunidade depende exclusivamente de medidas que antecipem as demandas já apresentadas nos países que sofrem com a doença há meses.

Esperamos que a prefeitura municipal de Esteio tome medidas com um nível de emergência ainda maior.
Pedimos a conscientização da comunidade para que fiquem em suas casas. Ficar em casa é ajudar os profissionais da saúde.
Pedimos garantias de direitos aos trabalhadores de todas as categorias, e em especial à saúde!

Sem a linha de frente dos profissionais da saúde a sociedade padece!

foto: servidores do Hospital São Camilo